04 novembro, 2010

A simplicidade de um dia em novembro.

  Terceiro dia de novembro. “Toc, toc.” quem estivesse por perto ouviria o barulho na porta. “Toc, toc.” novamente fazia o barulho. A porta se abriu, ele sentiu uma leve mão protetora tocar seu ombro. “Feliz aniversário, filho” – dizia-lhe a mãe. “Obrigado, mãe” – respondeu antes de voltar a dormir. Cinco minutos depois se ouviu um rasgo, ou um ruído semelhante. Era a mãe novamente no quarto abrindo a cortina e a janela do quarto. Um vento frio tocou seu rosto, quando ele resolveu levantar. Sentou sobre a cama cuja cabeceira era de cor marrom, pegou o copo que estava sobre o criado-mudo e bebeu em poucos goles o achocolatado. Ele não costumava tomar café da manhã. Terminou de fazer tudo o que devia e foi para a escola. Entrou na sala, e sua amiga estava esperando-o. “Feliz aniversário, Di.” - ela disse. “Obrigado.” - Respondeu antes de sentar em sua carteira.
  Enfim o dia seguiu. Voltou para casa sozinho, já que o caminho era diferente do de seus amigos. Abriu a porta e mais alguns parabéns. Foi então que ele percebeu que o dia era dele. Mas não era mais algo tão surpreendente assim, já que o dia era o mesmo de sempre, só a ocasião que mudava. E ocasião tal que só acontecia de um em um ano, e por isso fazia algumas pessoas acharem tão especial.
  Era a hora do trabalho. Não sei ao certo se posso chamar de trabalho. Meus pais não acham tão correto, é só um curso. Mas meus professores acham que devo tratar aquilo como trabalho. Enfim, será trabalho, pelo menos aqui.
  Chegou ao trabalho e encontrou os seus colegas. Alguns ele considerava verdadeiros amigos e outros poucos se lembraram do dia, mas não se importou. Fez tudo o que devia. Talvez não com tanta garra, mas nada foi tão ruim. Ao nível.
  A fome começou bater. Foi com alguns amigos ao shopping ali perto e pediu um sanduíche. Devorou.
  Era hora de voltar ao “trabalho”. A abertura de um festival em que ele participava estava prestes a começar. Partiu para lá. Encontrou alguns outros colegas e alguns outros amigos. Novos parabéns recebeu. Alguém deve ter contado que era seu aniversário.
  Enfim estava noite. Respirou. O dia especial tinha chegado ao fim. Não foi excelente, nem ele imaginava que seria. Mas foi bom. E estar bom já estava bom. Cobriu-se e adormeceu.