Era uma
vez um garoto apaixonado, que toda vez quando ouvia reclamações exclamava por
tanta estupidez. Certo dia, sua companhia com tantos planos tolos rondando a
mente afirmou que faria o impossível, e o garoto disse que não era uma boa
ideia e a hora certa iria chegar. A companhia, teimosa, fez-se de surda e
disse tudo o quê estava preso dentro do coração. Mesmo tendo
sido baixinho o céu se fechou, os pássaros deixaram de cantar e as cores de
toda a paisagem escureceram ficando praticamente opacas. Diante de tanta feiura
havia alguém destacado por manter-se na essência original berrando perto do
horizonte: “Eu disse que seria assim!”. A companhia lacrimejava embaixo de uma
árvore com folhas murchas quando de repente sentiu o calor da alegria percorrer
seus ombros com um abraço. Tudo o quê ele tocava criava vida, e sentado ao lado
da companhia fazia com que suas palavras e conselhos pudessem reanimar os
sonhos arruinados. As cores puseram-se aos poucos em seus tons originais e a
companhia parecia alegre. Somente o amor do garoto permaneceu intacto ao ponto
de mudar toda a situação, e ele sequer sabia que tinha tal poder.
