Há gosto em
falar de mim?
Não estou
confortável, os ciscos de fora deixaram de fazer cócegas. Sinto muito por nós.
Eles zombam e cantam serenatas desprezando os meus sentimentos. Prometeram
fazer companhia, mas ainda não os vi. Alguns estão do seu lado e sempre
estiveram. Outros, talvez, do meu.
Passei a namorar
borboletas, elas imploram pela identificação pois possuem pouco tempo para
viver. Assim finjo ocupar um pequeno pedaço do tanto que esvaziei de você. Elas
passam de hora em hora e nunca se repetem e, quando morrem, ponho-as num
álbum para fingir recordações.
Cada
história que passa traz consigo coleções de momentos. Invejo. Bem me diziam que
precisava lidar com isso. Não somos quando desacompanhados. Quem dera fôssemos.
E você, o quê aprendeu comigo que exerce sozinho?
E você, o quê aprendeu comigo que exerce sozinho?
Ao repartir
o pão, nenhum miolo volta a ser o mesmo quando se junta.
Leve-me
para onde for e prometo te dar um bom passeio.
Use-me com
sabedoria e estarei aqui.
Agosto fala de mim.
Todo dia quatorze falará.
Agosto fala de mim.
Todo dia quatorze falará.