14 março, 2015

“Nos perdemos entre monstros,
da nossa própria criação.
Serão noites inteiras,
talvez por medo da escuridão.
Ficaremos acordados
imaginando alguma solução
pra que esse nosso egoísmo
não destrua nosso coração.”

Será?


Enterrei contigo os maiores medos e enfrentei em vida os demônios mais pesados. Manter-nos vivos sobre as lápides do nosso passado é um sonho. Você foi o meu escudo mais forte, capaz de domar a mim próprio. Depositei em nós toda a esperança até que ela adoecesse.

Levo comigo as lembranças dos abraços fortes forrados de carinho, de medos e receios mútuos frente aos demais, de recompensas e tratados sobre lençóis, de presença e apresentações.

Preciso de você aqui hoje para contar seus planos e daquela maneira infame juntar aos meus. Quero ainda planejar um caminho que nunca será trilhado em sanidade, mas traçado em sintonia. Parte de você criou o fardo que carrego.

Estar fora do meu alcance é agoniante. Qual é o nosso problema em retornar o tempo perdido? Qual o papel da culpa de algo que não cabe a nós nos preocuparmos? Viva intensamente como se estivéssemos nós e atropelarei o meu ego deixando que seja feliz.

“O ‘eu’ deveria ser mais importante que o ‘você’”. Ontem, hoje não. Estar perto passa a ser necessidade, e não mais hábito como outrora. Um beijo roubado me fortalece, mesmo que com gosto de asco.


“...só imaginação.”