20 abril, 2015

“There was a time, I used to look into my father's eyes
In a happy home, I was a king I had a golden throne
Those days are gone, the memories are on the wall
I'm still hearing the songs from the places that I was born."

Acompanhamento para a leitura:
Conor Maynard - Don't You Worry Child


A tal da síndrome.

Meus vinte-e-pouco estão sendo mais confusos que os outros. Parece que ontem tive vontade de expor os meus problemas para algum psicólogo porque já não consigo lidar sozinho com eles, mas sou muito orgulhoso para isso. Sinto na pele o amadurecimento e às vezes quero dar passos largos e chegar logo lá, mas dia ou outro prefiro mesmo voltar para o acalento da infância. Quando penso finalmente focar em algo percebo que todo o outro lado do monte começa a desmoronar, e lá estou eu começando do zero. Hora expert, hora nada. As pessoas parecem circular depressa pela vida, e consigo acolher poucas na minha rotina cada vez mais apertada. Prefiro gastar o meu pouco dinheiro com diversão que com investimentos. Cada vez faz mais sentido que os momentos valem mais. Pareço gostar de quem está em minha volta, mas tenho plena certeza de que poucos permanecerão. Agora tenho maturidade, mas não tanta quanto gostaria. Queria poder distinguir o verdadeiro amor e dizer com propriedade que não aparecerá ninguém melhor que você, mas mal sei quem verdadeiramente eu sou. Abrir asas e levantar voo parece ser cada vez mais fácil, mas ainda não aprendi a hora de pousar. Em breve chegarão os trinta e logo mais novas questões.

"...Don't you worry, don't you worry child
See heaven's got a plan for you
Don't you worry, don't you worry now"